A copa foi-se embora
Mas ficaram as despesas
Que iremos pagar
agora
A nossa pátria, a
realeza!
Despesas de um povo
sofredor
Que ainda continua a
ser explorado
Sem consideração,
empatia ou amor
Seus sentimentos são
condicionados
E até quando seremos
submetidos?
Acreditando nessa
infeliz ilusão?
Até quando seremos
convencidos?
Que a bola vale mais que a educação?
Enquanto acreditarmos
nesse discurso
E nos rendermos aos
seus encantos
Estaremos seguindo o
mesmo curso
De um hino que perdeu
o seu canto
Apreciado em campo tão-somente
Em “verde” e “ amarelo” incongruente
Sem nenhuma possível relação
Com a sociedade, a
práxis, a nação!
Uma doce ilusão foi
assim acreditar
Que poderíamos um dia
chegar a ganhar
Esquecendo da nossa
pobre situação:
Desigualdade,
violência e corrupção
Insensatez foi nos
deixarmos levar
Por uma ideologia, a
nos conquistar
Por algo
demasiadamente irracional
Inconsciente, hipnótico,
superficial
A copa foi-se embora
Mas nos deixou o seu parecer
Para fazermos agora
Sem esperar acontecer
Alvinan Magno
* Esta Poesia é uma extensão atualizada referente a poesia "Foi-se a copa" da obra Poesia e Prosa de Carlos Drumond de Andrade.
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